segunda-feira, 19 de abril de 2010

Buzz Marketing ou Marketing Viral. Marketing digital ou da nova era?

Neste último 4 de abril o mundo da tecnologia estava esfuziante. Dia que os ‘iSeguidores’ esperavam ansiosamente. E ele chegou. O lançamento do iPad. Filas se formavam na porta das lojas. No YouTube o vídeo era um dos mais vistos. Além de e-mails que correram pela net com o vídeo da Apple.

Um belo exemplo de Marketing Viral. O cheque-mate. Como tornar um produto desejável e popular antes mesmo de ter um único usuário. Henry Ford disse: “Você não pode construir uma reputação sobre aquilo que ainda vai fazer”. Neste caso, ele estava errado. É claro que o produto precisa ser bom, e é, mas despertar o desejo de posse dessa maneira, é que é o golpe de mestre. É esse o novo marketing. O feito pela net, on-line, instantâneo, imediato, a base de mobilidade, velocidade, tecnologia. Ele invade a vida de todos nós consumidores, usuários conectados, e quando vemos somos mais um que está repassando o e-mail, falando sobre o produto, pretendendo comprá-lo.

Qual a essência dessa estratégia de marketing? A ideia do Buzz Marketing é se utilizar das redes sociais existentes para disseminar uma informação. Como um vírus em uma epidemia, cuja contaminação começa pequena e vai crescendo. Parece fácil. Mas, não é. Há muitos elementos envolvidos, um deles é o próprio conteúdo. Ele precisa ser divertido, interativo, entreter, ser diferenciado de alguma forma, uma nova ideia ou uma nova forma de ver a mesma ideia. Outro ponto fundamental é o elemento disseminador, o ‘agente contaminador’, aquele ou aqueles que vão distribuir essa ideia, essa informação, influenciando definitivamente as pessoas a repassarem o conteúdo, que se propagará atingindo milhares, quem sabe milhões de pessoas.

Hoje, as marcas viralizam um conteúdo, sem se esconder, ‘assinando’ o e-mail. Até porque torna-se também uma estratégia de Brand. Mas, essa estratégia já foi muitas vezes utilizada simulando um movimento espontâneo da rede, uma comunidade que se forma em favor de um produto, ou contra. Ou até mesmo em sites ou blogs, formas de astroturfing, que tem como objetivo criar o rumor de um novo produto ou serviço, como se fosse uma pessoa comum, e não uma ação de marketing, que provém de uma empresa, quando na verdade o é.

Mas, como fazer um conteúdo viralizar? Pode parecer que não, mas existem pontos de controle, de atenção, algumas definições que formarão pilares para o Buzz Marketing, aumentando em muito a chance de sucesso. O primeiro deles é o timing. Ou seja, o momento em que um conteúdo será divulgado dependerá de casar com a necessidade do momento. É o que Seth Godin chamou de vácuo de necessidade, o momento em que uma ideia maximiza seu poder de se espalhar.

Escolher o veículo ideal e o formato da mensagem é outro ponto. Um produto ou serviço não tem como público toda a rede social, apesar de quando viralizado atingir uma grande maioria. Existe um núcleo que são os verdadeiros consumidores. O que é ideal para esse alvo? Como esse público prioriza sua comunicação, quais seus hábitos e comportamentos na internet? Isso é importante? Sim, é. E sabendo isso, já caminhamos metade do caminho em direção a ter sucesso no Buzz Marketing. Mas, aí já é assunto para outro artigo.

Fabiana Aparício é consultora de Marketing e Comunicação. Graduada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e pós-graduada em Adminstração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), trabalha há 15 anos na área de comunicação, com vivência em empresas como Telefônica, NET, CSN e TVA. Após experiências nessas empresas gerenciando áreas de comunicação e marketing, atua há quatro anos como consultora autônoma. Blog e Twitter.

Por: Nós da Comunicação

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